Nagé, o Homem que Lutou Capoeira até Morrer

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Nagé, o Homem que Lutou Capoeira até Morrer

Livro inédito de Frede Abreu tem lançamento dia 14 de dezembro no Forte da Capoeira “Nagé, o Homem que Lutou Capoeira até Morrer” é um dos últimos livros do pesquisador baiano que morreu em 2013 como um dos maiores estudiosos de capoeira do mundo .

Mesmo tendo sido um dos negros mais valentes da história da Bahia, Nagé teve sua história pouco contada e quase não figurou nas pesquisas, homenagens e registros históricos dos grandes capoeiristas baianos. Essa lacuna pode começar a ser preenchida a partir do próximo 14 de dezembro, às 18h, quando será lançado, no Forte da Capoeira, o livro “Nagé, o homem que lutou capoeira até morrer”, um dos últimos livros escritos pelo pesquisador Frede Abreu, que morreu em 2013 e é considerado um dos grandes estudiosos da capoeira no mundo.

Muitos valentões que ajudaram a construir e moldar o legado da arte-luta dos negros no Brasil foram esquecidos, apagados da memória da capoeira por questões políticas e sociais. Nagé foi um deles, apesar de eternizado pelas lentes do cineasta Alexandre Robatto e ressaltado também por intelectuais como o escritor Jorge Amado (“Nagé foi um assombro de valentia”), e pelo crítico de arte Wilson da Rocha (“Nagé foi um herói popular”), permanece invisível.

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“Nagé, de propósito ou sem querer, entrou no rol dos malditos da capoeira. Logo desta arte que, pelo menos no passado, foi celeiro de arruaceiros”, escreveu Frede Abreu, acrescentando: “Não se pode apagar da memória da capoeira a presença dessa brava gente desordeira.

Uma história de resistência dos oprimidos.” O autor ainda nos alerta: “Pelo que sei, não há nenhuma pesquisa ou “missão cultural” em andamento, nem ações governamentais na área da cultura, em perspectiva, para identificar esses personagens importantíssimos para a capoeira”. Com a publicação desse novo livro, Frede Abreu – que dedicou grande parte da sua vida aos estudos e à difusão das manifestações populares e divulgou antigos mestres e lutas similares à capoeira como a punga, o batuque, o tambor de crioula, a bassula e o mouringue – nos convida mais uma vez a conhecer e respeitar a memória de antepassados que muito contribuíram para eternizar o legado da capoeira.

O livro é ilustrado com fotografias inéditas, pesquisas e pertinentes discussões sobre a capoeira de rua e os mestres de outrora.

Na solenidade de lançamento, será realizada mesa de debate com pesquisadores e mestres de capoeira, onde destaca-se a presença da Mestra Janja Araújo e dos historiadores Antônio Liberac e Pedro Abib. Haverá roda de capoeira com expoentes da capoeira de rua, comandada pelo o Mestre Lua Rasta, discípulo de Canjiquinha, e uma roda de samba rural com o grupo Angoleiros do Sertão, do Mestre Claudio Costa.

O livro foi selecionado pelo edital setorial de culturas identitárias da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult – BA) , cuidadosamente editado pela Barabô Editora, sob a supervisão de Elza Abreu, filha e curadora do acervo deixado pelo pesquisador Frede Abreu.

SERVIÇO:

  • Lançamento do livro “Nagé, o homem que lutou capoeira até morrer” do historiador Frede Abreu.
  • Local: Forte da Capoeira – Santo Antônio além do Carmo
  • Data: 14 de dezembro de 2017
  • Horário: 18h

Programação:

18h – Lançamento com exposição fotográfica e debate com pesquisadores e mestres de capoeira;

19h – Roda de capoeira com o Mestre Lua Rasta;

20h – Roda de samba com os Angoleiros do Sertão e o Mestre Cláudio Costa.

Acesso: Entrada Franca

Livro: R$ 70 (valor promocional de lançamento)

 

Contatos:

Tatiane Freitas – VIVA Comunicação Interativa – 71 99211 5722

Elza Abreu – Coordenadora do Projeto – 71 992899632 ​

Sobre Frede Abreu.

Grande estudioso da capoeira, Frede escreveu sobre mestres como Bimba, Pastinha, João Pequeno, Canjiquinha, Waldemar, Caiçara e Cobrinha Verde. Ele fundou o Instituto Jair Moura, com acerco de mais de 40 mil títulos sobre capoeira e cultura afrobrasileira.

Frede foi historiador e pesquisador não acadêmico sobre a capoeira e seus textos se destacaram pela lucidez analítica. Dedicou a vida aos estudos e difusão da capoeira e manifestações populares, divulgou mestres desconhecidos e lutas similares à capoeira como a Punga, o Batuque, o tambor de crioula, a Bassula e o Mouringue. Como coordenador do evento Ginga Mundo promoveu diversos intercâmbios dessas culturas. Foi autor e co-autor de mais de dez títulos do tema como: “Barracão do Mestre Waldemar”, “Manuscritos do Mestre Pastinha”, “Improviso Poético e Como eu Penso?, “Capoeira Séc. XIX”, “Macaco Beleza”, “Bimba é Bamba”, “Capoeira no Ringue”, “Batuque, a luta braba”, entre outros.

Pela sua importância na pesquisa da capoeira, ele é citado na maioria das bibliografias, teses e dissertações sobre o tema. Frede deixou o maior acervo de capoeira que se tem conhecimento, com mais de 45 mil títulos sobre a temática, que ganhou dois prêmios Cultura – Viva da Capoeira. Ele também formou e coordenou três Pontos de Cultura com a temática capoeira, foi membro fundador da Academia do Mestre João Pequeno de Pastinha, Fundação Mestre Bimb, e conselheiro do Ministério da Cultura para a capoeira ser reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

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