O legado de Ritinha da Bahia: mulheres no jogo da resistência

O Coletivo Marias Felipas * está lançando um livro que reúne escritos de várias autoras, mulheres, capoeiristas, algumas académicas e outras não. O Livro que homenageia Mestra Ritinha, pioneira da capoeira angola na Bahia, será lançado dia 10 de abril Projeto contemplado no Programa Aldir Blanc Bahia realiza também um seminário sobre perspectivas feministas na capoeira.

O livro O legado de Ritinha da Bahia: mulheres no jogo da resistência é uma coletânea que reúne textos de mulheres capoeiristas. A obra é composta de 3 partes: a primeira pinta um quadro da vida de Mestra Ritinha através de uma entrevista com ela e de textos de familiares e amigos; a segunda é uma reflexão sobre o tema da referência através de 7 narrativas que evocam o protagonismo de mulheres capoeiristas, esboçando uma outra história da capoeira, tradicionalmente marcada por genealogias masculinas; a terceira parte compila 5 artigos acadêmicos produzidos por capoeiristas pesquisadoras que reescrevem as memórias e os devires da capoeira.

Organizado por Christine Zonzon, doutora em Ciências Sociais pela UFBA e praticante de capoeira angola desde 1989, o livro é uma obra pioneira por reunir pela primeira vez textos exclusivamente escritos por mulheres capoeiristas, construindo uma nova visão sobre a história dessa prática afro-brasileira. O pilar do livro é Mestra Ritinha, símbolo de uma prática que reproduz discriminações de gênero, marginalizando histórias como a dela.

A importância de O legado de Ritinha da Bahia: mulheres no jogo da resistência se revela duplamente, pelo resgate histórico desta figura de proa da capoeira angola e pela construção de um horizonte de igualdade de gênero na pequena roda da capoeira e na grande roda da vida.

A publicação é uma coedição entre a Edufba e a Araçá Editora e será lançada online no dia 10 de abril, às 17h, com transmissão ao vivo pelo canal do coletivo Marias Felipas no YouTube. Além do livro, o projeto realiza o seminário Mulheres no jogo da resistência nos dias 30 e 31 de março, às 18h, com inscrições através de formulário online disponível no Instagram @araca_cultura_meioambiente e nas redes do coletivo Marias Felipas, o blog mariasfelipas.com e o Facebook @GrupoMariasFelipas.

A divulgação do projeto pode ser acompanhada pelo Instagram @araca_cultura_meioambiente e pelo Facebook @aracacultura. Este projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

https://www.facebook.com/GrupoMariasFelipas/

* Somos um grupo de mulheres capoeiristas, pesquisadoras, educadoras, feministas e ativistas. Nosso encontro nas intersecções entre a pequena roda da capoeira e a grande roda da vida resultou na criação desse coletivo.

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