Tocantins: Projeto “Jogando Capoeira Angola – Quebrando Preconceitos”
No Tocantins, capoeira é usada para quebrar preconceito racial
O projeto “Jogando Capoeira Angola – Quebrando Preconceitos” é desenvolvido desde dezembro do ano passado no campus de Miracema, da Universidade Federal do Tocantins. O objetivo é utilizar a prática da capoeira como forma de conscientização, combate e superação do racismo e do preconceito étnico e racial.
Confira os detalhes na matéria deViviane Goulart
Rádio Difusora 96 FM – Radioagência Nacional
Projeto estimula reflexão sobre preconceitos raciais por meio da prática de capoeira
Promover a reflexão e a superação das práticas e ações que configuram racismo, marginalização e preconceitos étnico-raciais através da prática de capoeira. Essa é motivação maior do projeto “Jogando capoeira angola, Quebrando preconceitos”, uma ação de extensão organizada pelos professores Francisco Gonçalves e Rafael Matos, do colegiado de Pedagogia câmpus da UFT em Miracema, em parceria com o aluno e professor de capoeira Diego Alves.
Iniciada em dezembro de 2016, a Aliás, a iniciativa teve participação decisiva do professor Alves, que é aluno do primeiro período de Pedagogia, e que já tinha experiência na prática de Capoeira Angola. Observou-se, durante discussões no Câmpus, que não havia nenhuma atividade de extensão lúdica, com poder pedagógico e reflexivo, principalmente voltado para diminuição dos impactos diários do preconceito racial, e que agregasse as comunidades acadêmica e externa. A Capoeira Angola aparece como uma nova experiência para o debate.
Segundo o professor Rafael Matos, a “roda de capoeira” é reconhecida como patrimônio histórico e cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e faz parte da nossa identidade. Além disso, a capoeira é uma performance cultural e prática ritual que envolve muitos elementos e sentidos. O professor destaca a importância do projeto na UFT. “Ao oferecer essa prática, a UFT cumpre seu papel enquanto instituição de ensino, tendo em vista que tal atividade articula o tripé acadêmico (ensino, pesquisa e extensão) e possibilita a prática gratuita de uma atividade secular que possibilita uma consciência corporal, histórica e cultural, com forte caráter pedagógico”, afirma.
Atividade física, capoeira e música
As atividades são divididas em três momentos: o alongamento do corpo, que permite o exercício, o jogo da capoeira em si, e, por fim, o manuseio dos instrumentos musicais próprios da capoeira angola. Os professores participam e estimulam os alunos na prática e na participação no projeto de extensão.
O “Jogando capoeira angola, Quebrando preconceitos” é gratuito e aberto para a comunidade de Miracema, Tocantínia e cidades do entorno, e também para a comunidade acadêmica (alunos e servidores) do câmpus. Essa primeira turma vai até abril, com 30 vagas preenchidas. Mesmo com a turma completa, os interessados podem se inscrever junto à coordenação de Pedagogia ou com algum dos organizadores, caso algum dos participantes, eventualmente, desista.
O professor Gonçalves faz uma avaliação do andamento do projeto. “O ‘Jogando capoeira angola, Quebrando preconceitos’ foi recebido de forma muito positiva na comunidade e tem fomentado um debate étnico-racial forte, bem como permitido a vivência de novos valores por parte dos participantes”, declara. Ao final do primeiro ciclo, será feita uma avaliação, com os pontos positivos e negativos do projeto de extensão, para a melhoria da iniciativa, e então é aberto um novo ciclo e as suas inscrições.
http://ww2.uft.edu.br/
Por Paulo Teodoro e Samuel Lima
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