Iêeeeeeee!
Se achegue mais, camará!
Seja bem vinde à página do nosso evento de extensão, a nossa roda “VIVA TRADIÇÃO VIVA: NOSSOS SABERES VÊM DE LONGE”, que tem como eixo principal a capoeira, o racismo e a formação de professores, organizado coletivamente e ofertado pelo Departamento de Lutas da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com parcerias, até o momento, do Museu Vivo do São Bento, do Museu Afro-digital da UERJ, da Rádio Capoeira, da Universidade da Capoeira, da Revista Ibamó, do Acervo Cultural de Capoeira Arthur Emídio de Oliveira, do Acervo Digital Capoeira Nômade, da Editora da UFBA, do IFRJ – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (PROEX e COEX/CDuC), e do Grupo de Capoeira Só Angola (GCASA).
Nossa roda vem contribuir para os estudos sobre Capoeira, para praticantes e com seus praticantes, com inspiração em e na direção de uma educação popular baseada nas tradições populares, em especial, das culturas negras diaspóricas, destacadamente da Capoeira.
Esse encontro pretende reunir para o debate pesquisadores acadêmicos ou não, de diversas áreas de conhecimento, com destaque para pesquisadores capoeiristas, e capoeiristas pesquisadores, além da presença de mestres e mestras de capoeira, a exemplo do Encontro de Saberes e de eventos importantes acontecidos nesse formato com o tema Capoeira, como as mesas do FORPOP, do Congresso Virtual da UFBA, como o Roda de Debates, em parceria entre UFPI e UNILAB, e o Outra roda é possível, do Grupo de Estudos e Intervenção Feminista na Capoeira Marias Felipas.
O evento pretende acontecer entre 1 e 18 de março de 2021, com quatorze mesas virtuais, acontecendo de segunda a sexta, entre 19h e 21h30, com vistas a potencializar o acesso e o aproveitamento das pessoas interessadas em participar ao vivo dos debates. As mesas ficarão salvas em plataformas digitais.
Entre os temas, temos:
Mesa 1: Capoeira, pandemia e racismo
Mesa 2: Capoeira e formação de professores
Mesa 3: Capoeira na escola
Mesa 4: descolonização e tradições negras na escola
Mesa 5: branqueamento e Capoeira “gospel”
Mesa 6: Capoeira e patrimônio cultural
Mesa 7: Capoeira, corpo e racismo
Mesa 8: espiritualidade e ancestralidade na Capoeira
Mesa 9: organizações de mulheres na Capoeira
Mesa 10: masculinidades diversas na Capoeira
Mesa 11: movimentos trabalhistas e Capoeira
Mesa 12: genealogias da Capoeira do Rio de Janeiro
Mesa 13: Capoeira na diversidade
Mesa 14: pesquisa e pesquisadores/as de Capoeira
E é com muita alegria que convidamos você para participar dessa roda, pois acreditamos que a maior contribuição para o evento será a SUA!
Aguardamos ao pé do berimbau a sua presença nessa roda, para podermos jogar um pouquinho, mesmo que virtualmente.
Inté!
Equipe da Organização
Nossa logo possui fundamento.
Ao fundo, a estampa de uma cabaça. Na capoeira, sua importância é destacada tanto como componente do berimbau, amplificando seu som, como também compõe o caxixi. Mas para além dessa objetividade relacionada a instrumentos usados hoje na capoeira, a cabaça representa o ventre, em diversas culturas de matriz africana, em especial, as tradições espirituais que foram mantidas aqui no Brasil pelos terreiros. E é com o sentido de gerar vida e com a certeza de que capoeira é mãe, que a cabaça vem ser o pano de fundo de toda nossa escrita e de todo nosso trabalho.
O símbolo que usamos é um Adinkra, escrita dos povos Akan, da África Ocidental, na região do Sael (entre o Saara e Golfo de Guiné). Como diz Anani Dzidzienyo, essa escrita destaca “o universo filosófico e estético Asante que se tornou patrimônio de todo o país de Gana” e que depois viajou ao outro lado do rio chamado Atlântico. Ele comenta ainda que “a sabedoria, como os ganeses costumam dizer, não é uma mercadoria para ficar trancada no estojo”.
É na esteira do saber e de sua difusão que foi escolhido o adinkra “A ONNIM NO SUA A, OHU” ou “Quem não sabe pode saber aprendendo”, símbolo do conhecimento, da aprendizagem permanente e da busca contínua do saber. Queremos saber mais CAPOEIRA!
Curiosidade: “De acordo com a história oral”, escreve Elisa Larkin Nascimento, “o conjunto dos adinkra tem origem numa guerra que o rei dos Asante – Asantehene – Osei Bonsu moveu contra o rei Kofi Adinkra de Gyaaman, hoje uma região da Costa do Marfim. O rei Adinkra teve a audácia de copiar o gwa, banco real do Asantehene e símbolo da soberania e do poder do Estado. Assim provocou a ira do Asantehene, que foi à luta. Vencida a guerra, os Asante dominaram a arte dos adinkra, passando a ampliar o espaço geográfico onde impunham sua presença. Antes disso, eram patrimônio dos mallam e dos denkyira, povos da África ocidental que desenvolveram a técnica no passado remoto”.
Obs: os trechos citados foram retirados do livro “Adinkra: sabedoria em símbolos africanos”, organizado por Elisa Larkin Nascimento e Luiz Carlos Gá, pela editora Pallas, em 2009.
Saiba mais:
https://vivatradicaoviva.wixsite.com/
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